terça-feira, 5 de maio de 2009

3º dia - Segundeatro !



Hoje eu queria fazer menção ao assunto que mais chamou minha atenção nas aulas , e o que pude tirar de conclusão a respeito .
Estou centrado hoje no que tange ao corpo do ator e sua forma na atuação. A matéria do ator é fundamentalmente seu próprio corpo. As ações que ele realiza conformam esse corpo.
Sua matéria é um organismo vivo, composto por tecidos e órgãos, com um cérebro capaz de armazenar e processar um número incalculável de informações. Por não ser exterior ao ator – ao contrário, o corpo é o próprio ator –, essa materialidade está em constante interação com o psiquismo. Um movimento corporal terá ressonâncias na memória e nos sentimentos, assim como uma lembrança ou um pressentimento têm ressonâncias corpóreas, acredito que devo estar no caminho certo .. ( não é Kléber ? )
A forma de uma atuação é a composição das diversas ações realizadas. É a estrutura de tensões e relaxamentos musculares, o jogo de vetores e contra-vetores que o ator executa com seu corpo, e que resultam em um texto legível.
Segundo Kléber a forma da obra do ator é então, do ponto de vista da encenação, a composição das ações ficcionais realizadas pela persona; do ponto de vista da atuação a composição das ações corporais realizadas pelo próprio ator ao longo da encenação.
A arte da representação é reveladora. Todo ação realizada em cena nos fala não apenas dela mesma; ela também nos fala do homem que realiza essa ação. O ofício do ator é, como dizia Dostoiévski do seu ofício de escritor, “mostrar o homem no homem”. Através da ação.
Devo a partir de então voltar a ter essa percepção nos meus trabalhos em teatro.. levar tudo isso para os meus ensaios, foi para isso que eu fui buscar conhecimento, entender o corpo, e sua importancia no trabalho do ator é fundamental, e praticamente um pacto de amor a profissão. Eu faço esse pacto.
Vejo um novo tempo, tempo de mudanças radicais no meu conceito de ser ator.. eu estou me confrontando, me analisando... isso tem sido fabuloso, pois tenho crescido... sei que eu posso bem mais que isso !
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[Foto : Leandro Santolli em atividade prática no IV Seminário sobre Stanislavski e a ação psicofísica - SSA / 2007 ]

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A obra dostoievskiana explora a autodestruição, a humilhação e o assassinato, além de analisar estados patológicos que levam ao suicídio, à loucura e ao homicídio: seus escritos são chamados por isso de "romances de idéias", pela retratação filosófica e atemporal dessas situações.[5] O modernismo literário e várias escolas da teologia e psicologia foram influenciadas por suas idéias.

Fonte : Google ( claaaro )

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